Adeptos?!...

Portugal venceu, esta noite, a China por  2-0, em jogo particular (futebol). Com uma primeira parte onde a selecção nacional até jogou bom futebol e o que ficou em falta foi mesmo aproveitar melhor as oportunidades (1-0 ao intervalo), a etapa complementar foi um desastre. Muitos dirão, certamente, que o pior interveniente deste encontro foi a equipa de Queiroz. Eu não... Para mim, os jogadores que actuaram na segunda parte podem não ter estado ao seu melhor nível mas, claramente, o destaque negativo vai para o público que esteve no Cidade de Coimbra, pelo menos para grande parte dessa gente. Quando comecei a ouvir assobios às trocas de bola entre os jogadores de Portugal, não gostei, mas quando há um "Olé!", e outro...e mais um...sucessivamente, até que os chineses percam a bola... Nesse momento, senti vergonha de ter a mesma nacionalidade dos que se prestavam a tentar intimidar, pressionar ou o que fosse que estavam a tentar fazer aos que no relvado chutavam a bola. Fico ainda mais indignado quando sei que, depois daqueles minutos todos a mandar da boca para fora os referidos sonoros, gritam "Golo!" quando Portugal faz o 2-0 (não, não foi o 1-1). Para além do que já foi dito, grande parte das pessoas que proferiram estas expressões e assobios, são as que mais se queixam, após as jornadas dedicadas às selecções, dizendo que os jogadores das suas equipas estão cansados e que não têm o rendimento desejado quando jogam pelo clube simplesmente porque foram fazer uns minutinhos pela selecção. Secalhar por isso é que quando sentem que um jogo está resolvido e que para além disso não tem um nível de competitividade suficientemente razoável, os jogadores limitam-se a gerir o jogo e a fazer trocas de bola.. Se estas pessoas, que se dizem adeptos do futebol, se dignassem a pensar antes de interferir num espectáculo desportivo, nada disto tinha acontecido.
Não saio sem deixar uma palavra de apreço para a selecção chinesa que esteve presente e que, de alguma forma, tentou mostrar o seu melhor futebol perante uma selecção de valor incomparável.